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domingo, 25 de março de 2007

Castro jogador que irá reforçar equipa principal jogou pelos juniores

Apesar de ter sido integrado na equipa principal até ao final da época o jovem jogador jogou frente ao Leixões. Jogou como médio interior, sobre a direita, mostrando uma qualidade insuspeita. Com uma excelente condição física, não por ser alto, mas, por somar quilómetros como se de metros se tratasse, não dando sinais de desgaste. Bem ao estilo do ídolo: Maniche. Essa postura permite-lhe um bom posicionamento em campo, detalhe crucial no jogo defensivo da equipa, sem lhe anular a capacidade de aparecer em zonas de ataque. Depois, vem a parte melhor: quase todo o jogo passa pelos seus pés, seja com passes simples e de transição rápida ou através de passes longos. Optou, em doses idênticas, pelas duas coisas, o que só o favorece. Último pequeno grande detalhe: Castro tem um pontapé forte e ontem aplicou-o uma vez, com um remate de fora da área que o guarda-redes leixonense segurou a custo. Promete.
Como jogou o FC Porto

O FC Porto recebeu o Leixões no mini-estádio do Olival armado num 4-3-3, que é a base táctica preferida de Jesualdo Ferreira. No entanto, não há uma indicação superior acerca do modelo táctico a adoptar nos escalões de formação, neste caso, nos Juniores A. A ideia é que os jogadores de base do FC Porto consigam jogar em todos os estilos de jogo, porque é essa a tendência do futebol moderno. Veja-se o que aconteceu com o Chelsea no Dragão, quando Mourinho começou em 4-4-2, passou para o 4-3-3 e voltou ao esquema inicial. Ontem os juniores portistas jogaram com uma defesa clássica de quatro unidades, um médio-defensivo (Fabinho), dois médios interiores (Castro e Rui Pedro), e um tridente ofensivo.

Mais valores à espreita

O jogo de ontem dos Juniores A não mostrou apenas Castro. Há muitos jogadores com qualidade e em breve Jesualdo poderá contar com mais valores, naquilo que é uma aposta clara na formação. Luís Castro, ex-treinador do Penafiel, é o rosto coordenador de toda a estratégia dos escalões de base, fazendo a ponte entre as várias equipas e o plantel principal. Os resultados começam a surgir.
Por muito dinheiro que custe, a ideia essencial é formar jogadores à Porto, que será um misto de agressividade q.b., bom posicionamento em campo, com transições fortes de jogo e um espírito de sacrifício grande. Com estes condimentos o futuro estará assegurado. Claro que a ideia nem sempre resulta na prática e carece de muito trabalho, mas pelo que se viu ontem o caminho está a ser percorrido. Ventura é um guarda-redes seguro e Bura um central alto que deve ser explorado. Rui Pedro é um dez cheio de técnica e apetite pelos golos, e Candeias um extremo-direito que desequilibra.

Ventura - Classe e segurança

Ventura é um guarda-redes que começou a treinar com o plantel principal do FC Porto há cerca de um mês, embora jogue aos fins-de-semana pelos juniores para se manter em competição e com o objectivo de evoluir. Ontem não teve muito trabalho porque o Leixões foi macio no ataque, embora tenha respondido com eficácia quando colocado à prova. Um remate de um leixonense foi parado com classe. Demonstrou concentração, algo essencial num guarda-redes, e com isso saiu da área algumas vezes para jogar com os pés. Mas numa delas, o central Bura ficou a queixar-se de falta de comunicação, precisamente um dos pontos a rever em Ventura.
Rui Pedro - Magia nos pés

Por ter a camisola 10, Rui Pedro foi o primeiro a captar a atenção dos adeptos presentes no Olival, porque o futebol é mais bonito se for bem jogado. E Rui Pedro joga-o bem, com a cabeça levantada e com um pé esquerdo que trata a bola com carinho. Jogou no meio-campo na companhia de Fábio e Castro, mas com liberdade para aparecer mais à frente. E tanto apareceu que marcou dois golos. O primeiro de cabeça, após um canto de Ukra (é português, apesar do nome esquisito), e o segundo num aproveitamento eficiente de uma defesa incompleta do guarda-redes do Leixões. Mas foi a criar jogo que Rui Pedro mais deu nas vistas. Fez bons passes e, quando isso não resultava, pegou na bola e foi sozinho em direcção da baliza contrária. Já participou nos treinos da equipa principal.

Bura
É um defesa-central muito alto e rápido. O FC Porto sempre formou centrais de referência, desde Fernando Couto, Jorge Costa e Ricardo Carvalho, e daqui a uns anos Bura tem capacidade para se afirmar na equipa principal, com a qual já treinou, de resto. Tem bom jogo aéreo e uma boa capacidade de antecipação. Ficou a ideia de ter potencial, basta trabalhá-lo.

Candeias
Extremo-direito com técnica. Ontem carrilou muito jogo pelo seu flanco, sendo o principal responsável por uma primeira parte de sentido único. Puxou o jogo à linha e efectuou muitos cruzamentos, tanto apostando na rapidez de execução como em dribles. Demonstrou também ser um extremo rápido, não descurando o sentido de baliza, já que apareceu na área muitas vezes.


in O JOGO

1 comentário:

Ricardo disse...

inda no outro dia os arbitrei...